domingo, 13 de setembro de 2009

Escondo num sorriso a dor . . .


É, agora parece Q faz sentido.
Algumas coisas na nossa vida a gente não sabe e nem nunca vai saber porque acontecem.
Um sorriso massa, simpático, bom ator.
Nunca poderia imaginar isso, até porque nos vimos semana passada na sala de ensaio e teu sorriso não entregava nada.
E eu te falando em construção de personagem e o teu já estava construído amigo!
A dor sempre me apavorou, e dor física mesmo porque até a dor mental se transforma em física nessas horas.
Eu não poderia imaginar isso nunca.
Meu telefone tocou as 03:00h da manha e eu não ouvi e nem quero saber de quem era aquele numero. Sinais da Vida.
Angústia.
Sonhávamos em dizer algo, te lembra?
A gente na sala de ensaios remendava daqui, aumentava lá diminuía ali e as idéias iam surgindo com o mágica, a mágica do teatro, mágica das pessoas de teatro.
Talento!
Agora eu to zonzo.
Tem coisas que não sabemos como lidar.
Eu não sei se te falei do teu talento. Como ator e como Autor (coisa rara).
Seu engraçadão!
E a gente que sempre esperava a Zenaide e agora vamos ter que aprender a te esperar.
Vai ser difícil, vai doer.
Uma parte se quebrou.
E insubstituível, pois cada um é indivíduo(al).
Eu to pronto pra ir te ver pela última vez (será).
Tu me fazia rir, a agora me faz chorar seu sacaninha!
Não sei como terminar esse texto, pensei em escrita automática, mas me intimidei com teu texto, bem escrito, coerente pra caramba, engraçado, com uma pitada de sarcasmo e sacadas inteligentíssimas.
Eu ainda preciso pensar. E não vai ser agora que vou conseguir, preciso desabafar primeiro.
Hoje a Maré de Mim Mesmo está calma, em silêncio, tentando sentir o ar entrar.
Respiro.
Meu Querido A (Amigo, Ator, Alegre, ADA).
Eu só posso agora te desejar muita Luz.
Eu vou lá no fundo de mim e te sorrio,
Escondendo no meu sorriso a minha dor!

Espero que Deus te receba com um sorriso tão encantador quanto o que tinhas para com a gente.

“Rômulo – Seja bem vinda dona Zenaide, entre . . .”

(Trecho da Peça A Visita de Zenaide – Autor: Adalberto Oliveira Tolentino)

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