Contando uma história de reconstrução para que as coisas saibam que não podem contra o movimento do corpo nem do tempo. Esse tempo que nos move como move tudo e todos. Muitas coisas ficam no caminho do tempo, mas ficam, no caminho do tempo.
A consciência do nosso interior é como uma sala onde guardamos os nossos restinhos.
Cada gotícula de suor externiza o que há em excesso em nós. É como se colocássemos para fora algo corporalmente nosso, e só nosso.
O pensamento não pode ser um censor de mim. Juntar todo o dia tudo aquilo que restou do dia, deitar esse resto na cama de noite e novamente pela manha ressurgir para ser a próxima degradação diária do ser.
Não ter certeza das minhas coisinhas me deixa intranqüilo.
Eu queria ter uma mala, onde eu pudesse derrepente pegar as coisinhas que me fazem bem e jogar ali dentro.
E deixá-las ali. Guardadinhas.
Eu quero sentir o doce do doce. Mas isso eu já não posso mais.
Eu me excedo e me condeno.
Flagelo-me.
Procuro-me, sempre.
A libido explode em cores e sabores e odores.
O texto que pode nunca ser dito e o abraço que sempre quer ser dado.
Dizer as coisas pra mim mesmo faz apressar o tempo.
Tempo de novamente ter coragem, de novamente fazer as coisas e de novamente acreditar.
Menos no amor.
Não ao amor.
Amor é o grande equivoco daqueles que sentem desejo.
Eu fui ao mar e joguei o amor.
Não voltará.
O mar não devolve aquilo que não existe.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
domingo, 13 de junho de 2010
TEATRO SÃO PEDRO
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