quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Mostra Navegando em Shakespeare
sábado, 15 de outubro de 2011
domingo, 2 de outubro de 2011
Palavrinhas...
É muito fácil pensar que não se sabe mais o que quer,
Ou então fingir que novos horizontes estão se abrindo
Somente para fugir da nossa fraqueza de não assumir as nossas escolhas.
Com tudo é assim.
Ou parece ser assim.
Damos nós nas ruas da vida
E escolhemos ir pelo caminho mais curto, ou mais fácil.
Aceitar a dor é revelar-se por inteiro.
Num exercício diário de autocrítica e aquisição de melhorias para si.
Quando penso que não sei por onde devo ir, a estrada aparece nitidamente em frente a mim.
Ruas, pessoas, mundos molhados, abraços apertados, saudades, cidades e primaveras.
Repetem-se...
Repetem-se...
Repetem-se...
A vida é composta de sentidos para serem sentidos:
Novos gostos,
Novos sons,
Novos cheiros,
Novas cores e
Novas sensações.
As palavras estão todo o tempo em cada corpo.
Quando ele salta de dentro, o fora se expande, dilata e desenha.
O corpo é a pena e o papel dos poetas de nós mesmos.
Queria gritar como Helene.
Queria pausar como Robert.
Queria ter a cor de Medee.
Queria queimar a casa com Eugênio.
Queria construir a flor com Renato.
Queria ter a ingenuidade do menino do barco.
Queria ser apenas a espuma das marés.
Queria apenas palavrear como Samuel.
Quero apenas tantas coisas.
Só isso.
Só quero tantas coisas.
Hoje escrevo (como há muito tempo não escrevia)
Com o trem nos trilhos.
Ou pelo menos enxergando novamente os trilhos.
Abro novamente os olhos e aprecio as claras simbologias como um marujo observa a imensidão do seu mar.
Até me atrevo a cantar.
Quero ter cada vez mais dúvidas.
Exposição de ex-posições.
Movimento...
Abrindo as “janelas da alma”.
Querendo que cada vez mais “seja doce”.
Percebendo que existe um “bonde do dom” sim.
E que ele nos leva.
Penso em tanta coisa.
Em barro, argila, dragões, mares e marés, posições, imposições, confusões, referências, em ruas, em caminhos, em Budas, em sinos, em sons e tons.
Em figuras.
Sei que as salas podem ser ocupadas e despreocupado entro na minha.
Equilibrando com as mãos o que ainda resta do estopim.
Acreditando estar inacabado.
Inacabado graças aos Deuses.
Só se pode construir o que está inconcluso.
Salve a Primavera,
Salve os Teatros,
Salve o Sol,
Salve as Luzes,
Salve as delicadezas,
Salve as crenças,
Salve os Sentidos
E finalmente,
Salve os CORPOS...
Helcito