sábado, 26 de setembro de 2009

Para a Minha LUA (Eu Tenho Uma LUA Sim)




LUA VERMELHA
(Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown)

Lua vermelha
quase sem amor
minha luz alheia
brilho sem calor

lua vermelha
branca lua preta
lambe a minha orelha
com a sua cor

lua vermelha
10 da madrugada
sapos na calçada
de nenhum país

lua vermelha
noite sem luís
toda sertaneja
eu sempre te quis

lua vermelha
minha namorada
flor desabrochada
leite de pequim

lua vermelha
noite que menstrua
lua lua lua
por cima de mim

lua vermelha
pedra que flutua
que ilumina o poste
que ilumina a rua

lua vermelha
meia de luís
toda sertaneja
eu sempre te quis

lua vermelha
ave flecha pluma
pérola madura
sono do dragão

lua vermelha
só uma centelha
dura enquanto dura
bolha de sabão

lua vermelha
fora da bandeira
bola japonesa
no céu do sertão

lua vermelha
negra de luís
toda sertaneja
eu sempre te quis.

* LUANA ALMEIDA minha Lua, Minha Amiga, Minha Medéia, Minha Grande Atriz, Assistir ao Teatro Mágico e não lembrar de ti é Impossível ! ! ! TE AMO MUITO E SINTO MUITA SAUDADE ! ! !
*TEATRO MÁGICO EM PELOTAS (23/09/2009)

domingo, 20 de setembro de 2009

PECADO


(L'Implorante - Camille Claudel)

Pecado é atirar uma pedra
Em alguém que tanto lhe quer beijar.

Pecado é pegar o amor com as duas mãos
Como um cristal e deixá-lo cair no chão.

Pecado é não fazer nada quando um coração dói
De saudades do teu cheiro e da tua respiração.

Pecado é fingir não mais amar
Aquele que não esconde mais o quanto ainda
Te ama.

domingo, 13 de setembro de 2009

Escondo num sorriso a dor . . .


É, agora parece Q faz sentido.
Algumas coisas na nossa vida a gente não sabe e nem nunca vai saber porque acontecem.
Um sorriso massa, simpático, bom ator.
Nunca poderia imaginar isso, até porque nos vimos semana passada na sala de ensaio e teu sorriso não entregava nada.
E eu te falando em construção de personagem e o teu já estava construído amigo!
A dor sempre me apavorou, e dor física mesmo porque até a dor mental se transforma em física nessas horas.
Eu não poderia imaginar isso nunca.
Meu telefone tocou as 03:00h da manha e eu não ouvi e nem quero saber de quem era aquele numero. Sinais da Vida.
Angústia.
Sonhávamos em dizer algo, te lembra?
A gente na sala de ensaios remendava daqui, aumentava lá diminuía ali e as idéias iam surgindo com o mágica, a mágica do teatro, mágica das pessoas de teatro.
Talento!
Agora eu to zonzo.
Tem coisas que não sabemos como lidar.
Eu não sei se te falei do teu talento. Como ator e como Autor (coisa rara).
Seu engraçadão!
E a gente que sempre esperava a Zenaide e agora vamos ter que aprender a te esperar.
Vai ser difícil, vai doer.
Uma parte se quebrou.
E insubstituível, pois cada um é indivíduo(al).
Eu to pronto pra ir te ver pela última vez (será).
Tu me fazia rir, a agora me faz chorar seu sacaninha!
Não sei como terminar esse texto, pensei em escrita automática, mas me intimidei com teu texto, bem escrito, coerente pra caramba, engraçado, com uma pitada de sarcasmo e sacadas inteligentíssimas.
Eu ainda preciso pensar. E não vai ser agora que vou conseguir, preciso desabafar primeiro.
Hoje a Maré de Mim Mesmo está calma, em silêncio, tentando sentir o ar entrar.
Respiro.
Meu Querido A (Amigo, Ator, Alegre, ADA).
Eu só posso agora te desejar muita Luz.
Eu vou lá no fundo de mim e te sorrio,
Escondendo no meu sorriso a minha dor!

Espero que Deus te receba com um sorriso tão encantador quanto o que tinhas para com a gente.

“Rômulo – Seja bem vinda dona Zenaide, entre . . .”

(Trecho da Peça A Visita de Zenaide – Autor: Adalberto Oliveira Tolentino)

CARVÃO - (Ana Carolina)

Surgiu como um clarão
Um raio me cortando a escuridão
E veio me puxando pela mão
Por onde não imaginei seguir
Me fez sentir tão bem, como ninguém
E eu fui me enganando sem sentir
E fui abrindo portas sem sair
Sonhando às cegas, sem dormir
Não sei quem é você

O amor em seu carvão
Foi me queimando em brasa num colchão
E me partiu em tantas pelo chão
Me colocou diante de um leão
O amor me consumiu, depois sumiu
E eu até perguntei, mas ninguém viu
E fui fechando o rosto sem sentir
E mesmo atenta, sem me distrair
Não sei quem é você

No espelho da ilusão
Se retocou pra outra traição
Tentou abrir as flores do perdão
Mas bati minha raiva no portão
E não mais me procure sem razão
Me deixa aqui e solta a minha mão
Eu fui fechando o tempo, sem chover
Fui fechando os meus olhos, pra esquecer
Quem é você?
Quem é você?
Quem é você?
Você...

* Mesmo sem querer eu vou te esquecer. "não mais me procure sem razão".
Sabes que é pra ti. Essa música retrata bem o meu momento, estou a ouvindo a algum tempo e resolvi postar.
Carvão!
* Saiu o novo CD da Ana Carolina "N9ve".

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Memória


As vezes procurando
Algo que pudesse te emocionar.

Lembrar de ti é a única forma
De saber que meu coração ainda bate
Na cadência de alguma verdade
Minha e tua.

Me mantém aquecido
Do frio dessa cidade
Que rouba um pouquinho
Do meu calor humano.

Te arrancar do peito
E te deixar apenas
Nas letras das músicas.
Nas fotos escondidas.

Foto-grafia de muito tempo.
Ser forte quando te ver.
Ser mais forte quando não responder.
E quando doer.

É em ti que minha
Alma descansa.
Nos sinais tímidos.
Nos olhos e nas mãos.

Apanhar um pouco de tudo isso.
Nessa correria.
Nesse dia-a-dia.
Na estrada longa.

A noite abre a memória
E quebra todas as regras
Me faz voltar.
Não (gostar). Apagar.

Não (gostar). Apagar.
Não (gostar). Apagar.
Não (gostar). Apagar.
Não (gostar). Apagar.

D(a) Memória . . .