sexta-feira, 30 de julho de 2010

Meyerhold 70 anos: Herança para o ator de hoje



Selecionados para a oficina

1. Alexandre Dill
2. Aline Jones
3. André Galarça
4. André Macedo
5. Andréia Aparecida Paris
6. Andressa Corrêa
7. Bia Isabel Noy
8. Carla Cassapo
9. Cláudia Sachs
10. Elisa Lucas
11. Érico José Souza de Oliveira
12. Hélcio Fernandes
13. Iassana Martins
14. Jaqueline Lepsen Correa
15. Junior Romanini
16. Kalisy Cabeda de Souza
17. Lindon Satoru Shimizu
18. Luciane Olendzki
19. Lucimaura Rodrigues
20. Renata de Lélis
21. Sandra Alencar
22. Silvana Baggio Ávila
23. Tatiana Vinhais

Ouvintes:
1- Daniel Fraga de Castro
2- Aline Luz
3- Luciano Flávio de Oliveira

sábado, 24 de julho de 2010

PROVA PUBLICADA

INDIGNAÇÃO
Escrever um texto sobre um semestre em um curso de teatro abordando o conhecimento como eixo principal se torna uma difícil tarefa quando se tem tantos referenciais de informações extraordinárias e precisamos escolher apenas algumas delas. Procurando uma máxima aproximação das minhas vivências e do aprendizado, não só dentro como fora da sala de aula, irei dissertar acerca de três focos norteadores do semestre: A peça didática de Bertold Brecht, as novas exigências educacionais e o papel do professor e a participação em eventos durante o semestre.
O alemão Bertold Brecht propunha a “peça didática”, como forma de tornar o teatro uma “ferramenta” investigativa do cidadão sobre si mesmo e o meio em que está inserido, onde o ator/participante deveria assumir um papel social e depois refletir sobre ele. Traçando um paralelo entre essa proposta e a sala de aula, observo que a prática pedagógica do autor se torna inviável, pelo menos no que se refere ao meio universitário. Os estudantes de teatro da UFPel, é claro que não todos, estão muito mais preocupados com uma briga gigantesca de egos e uma corrida desenfreada pela obtenção da “maior nota”, o que real e infelizmente lhes garante alguns benefícios (digo infelizmente porque todos sabemos que a máxima “quem não cola, não sai da escola” se faz muito presente nas universidades do Brasil inteiro), do que em uma verdadeira avaliação do seu papel e atuação como aluno, e o pior, futuro professor, agente modificador do meio caótico em que se encontra a educação nos dias de hoje.
Quanto às novas exigências educacionais e o papel do professor acredito que essa seja uma tarefa difícil, porém, não impossível. Em um texto de José Carlos Libâneo, que se fez necessário, enquanto provoca reflexão no aluno de uma universidade, bem como do cidadão contemporâneo, mostra que o professor hoje em dia tem que praticamente “competir” com as informações dadas ao aluno, seja por meio da mídia e/ou através do meio em que está inserido. Falar de um professor agente transformador e dentro de seu tempo, dialogando e não “competindo” com os meios de informação, como estudado no texto de Libâneo em sala de aula, me deixa muito empolgado e curioso para descobrir como fazer essa interface entre aprendizado e tempos contemporâneos. Através desse texto, me foi despertado ainda mais o desejo de ir para a sala de aula e exercer a profissão.
Por último, deixo para comentar sobre a participação em eventos durante o semestre, me detendo no que para mim como acadêmico de teatro com certeza foi o mais importante, a conferência assistida em Porto Alegre com o diretor, pesquisador e teórico Eugênio Barba, um dos principais expoentes do teatro no mundo. Barba em todo o tempo que falou, e isso aproximadamente três horas, falou de duas coisas que para mim são os principais eixos da arte: Ética e Comprometimento. Após ouvi-lo falar sobre esses dois aspectos se torna impossível compactuar com certas atitudes de futuros Arte-Educadores. A busca incessante por uma arte verdadeiramente sua, e isso sempre através de muito trabalho, é o que, dentre outras coisas é claro, me faz acordar todo o dia e repetir para mim mesmo: meu ofício é o teatro e vou defendê-lo sempre. Se muitos entram na escola e aceitam o teatro diminuído, banalizado e muitas vezes ridicularizado, comigo vai ser diferente. “O ator deve ser como um operário e ter os mesmos deveres de um operário” (Eugênio Barba).
Concluo dizendo que embora o semestre tenha sido um pouco decepcionante para mim, que o mesmo foi de extremo aprendizado e fortalecimento. Conhecer novos autores e também compartilhar a companhia de alguns colegas (poucos) dedicados e apaixonados pelo teatro me faz ver que ainda há uma luz no fim do túnel. No dia da minha formatura irei olhar para o lado e ver muitos medíocres se formando comigo, e eu, posso até ser mais um medíocre, porém, um medíocre esforçado e comprometido ao máximo e nunca conformista. Essas palavras jamais saíram da minha cabeça.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Ver(de)

Eu vou embarcar em uma nave espacial.
E comigo levarei apenas maçãs (verdes).
Eu vou tomar um banho de maçãs verdes.
E o meu corpo vai ficar todo verde.
E eu vou ser um ET.
Porque os ETs são verdes.